sexta-feira, 6 de junho de 2008

O que é de facto significativo?


Recebi recentemente um e-mail que me deixou a pensar nas vezes em que praguejamos ou achamos que a nossa vida tem coisas más ou menos agradáveis.
Por isso não resisti a “copiar” para aqui algumas partes do mesmo, o autor é desconhecido, mas quem quer que seja que escreveu tais palavras merece os meus parabéns.

“A desordem que tenho que limpar depois de uma festa,
significa que... estivemos rodeados de familiares e amigos!
As roupas que estão apertadas,
significa que... tenho mais do que o suficiente para comer!
O trabalho que tenho em limpar a casa,
significa que... tenho uma casa!
Não encontro estacionamento,
significa que... tenho carro!
Os gritos das crianças,
significa que... posso ouvir!
O cansaço no final do dia,
significa que... posso trabalhar!
O despertador que me acorda todas as manhãs,
significa que... estou vivo!”

OK, a minha casa está a precisar de alguma arrumação e limpeza, mas sim é verdade, tenho a sorte de estar rodeada de familiares e amigos, bom quanto ás roupas apertadas, vamos lá ser sinceros, é verdade que temos mais que suficiente para comer, mas que estou a precisar de me aplicar mais na dieta também é uma grande verdade (sim porque ultimamente tenho me portado muito mal).

Digam-me quem gosta de limpar a casa, eu não gosto, mas é verdade tenho uma casa que adoro e onde adoro receber a família e amigos.

Bom quanto ao lugar de estacionamento, dado que tento ter pensamento positivo, até que não me tem sido difícil encontrar lugar para o carro.

Confesso que existem dias que o cansaço no final do dia, nem forças me deixa para praguejar, mas sim tenho a sorte de poder trabalhar, ainda por cima numa área que gosto.

O despertador que me acorda todas as manhãs, bom esse “senhor gajo”, tem dias que tem sorte em não voar janela fora, é verdade que ouvi-lo todas as manhas significa que estou viva, mas algumas vezes mortinha de sono e a precisar de uma horinha mais na cama.

Ao reler tudo o que acabei de escrever só posso dizer que a vida me corre bem, e agradecer a todos aqueles familiares e amigos especiais que dela fazem parte.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Bandeira azul


Adorei a notícia de que a minha praia de eleição foi uma, de entre as 193 praias contempladas com a Bandeira Azul.

Assim é com grande prazer que divulgo que a associação da Bandeira Azul contemplou novamente este ano a Praia do Mar das Caldas da Rainha com esta distinção de qualidade.


Viva os grandes banhos que lá vamos poder tomar, sim já sei a água é fria, mas para os amantes daquela praia não são uns grauzinhos a menos na temperatura da água, um ventinho ou umas nuvens que os vão impedir de passar, como sempre, uns excelentes dias de praia na companhia dos amigos de sempre.

sexta-feira, 28 de março de 2008

PIPOCAS






Todos aqueles que bem me conhecem desde miúda sabem que lá por casa é frequente ser apelidada de PIPOCAS.

Ora bem, fora os trocadilhos que muitos fazem actualmente com este “petit nom”, decidi ir explorar o termo pipoca e que descobri????

LOL, que sou light, pois uma chávena de pipocas sem gordura contém apenas 30 calorias, e que a pipoca (do tupi antigo pira - pele + pok - estourar = pele estourada) é um prato feito a partir de uma variedade especial de milho, que explode quando aquecido.

O processo de transformação de grão em pipoca, processa-se da seguinte forma: quando os grãos de milho são aquecidos de maneira rápida, a humidade interna é convertida em vapor, e em determinado ponto, a pressão estoura a casca externa, transformando a parte interna em uma massa pouco consistente de amidos e fibras, maior do que o grão original.

LOL por isso já sabem se a minha temperatura subir vou explodir, é o que se espera de uma boa pipoca, e sendo Touro como sou, já sabem quando expludo é melhor saírem da frente.

Bom quanto à parte de ser comida como aperitivo, não acho muita piada, isso é dar pouca importância à minha pessoa LOL

Beijinhos especiais a todos aqueles que me conhecem por este "petit nom”.






Nova mudança de hora!




Puff Pufff , como se já não bastasse odiar as mudanças de hora, este fim de semana vamos ficar roubados em 60 preciosos minutos.
Sim, para quem não se lembre este fim de semana os relógios vão adiantar 60 minutos, ou seja no próximo dia 30 de Março - Domingo, à 01H00, a Hora Legal no país é adiantada 60 minutos, iniciando-se a “Hora de Verão”.
Consequências da dita mudança de hora, vamos ter menos uma hora para dormir na noite de sábado para domingo, na 2ª feira quando forem 7h, hora de acordar, o meu relógio biológico vai reclamar, pois para ele ainda serão 6h e na pratica ainda lhe falta uma preciosa hora de descanso.
Uffa já estou cansada e confusa e a hora ainda nem mudou!
Na 2ª feira muitos vaio ser aqueles que vão chegar atrasados ao emprego, e de quem é a culpa? Da mudança da hora legal vs hora biológica.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Os Smurfs ou os Estrumpfes - Sua história e conotação política


Quem assistiu alguma vez aos Desenhos animados “Os Smurfs” ou os “Estrumpfes” e conseguiu esquecer facilmente deste grupo de seres azuis que reinaram absolutos entre as crianças na década de 1980?

Eu confesso que era espectadora acérrima desta série, e até tinha os bonecos para brincar, bons tempos!
Em Portugal, a série passou na década de 1980 na RTP e em 2005 na TVI, e com muita pena minha não aproveitei para rever os “meus queridos amigos azuis”.

Os estrumpfes, ou Les Schtroumpfs em francês, são personagens criados pelo ilustrador belga Pierre Culliford, mais conhecido como Peyo, Apareceram pela primeira vez nos quadradinhos, como coadjuvantes em uma das histórias de "Johan's and Peewit's Adventures" em Outubro de 1958. Logo ganharam seu próprio espaço, com o episódio "Os Smurfs e a Flauta Mágica", alcançando um sucesso tão grande que em 1981, foram trazidos para televisão por Fred Silverman, director da NBC Network, nos EUA. Depois os estúdios da Hanna-Barbera acabaram fechando contrato para produzirem uma série de desenhos animados dos personagens.
Em 1981, Os Smurfs estreavam na televisão, e foi ai que a febre dos azulinhos realmente se consolidou, com inúmeros produtos, discos e comercias de TV, ligados aos personagens.
Os Smurfs são pequenas criaturas azuis, semelhantes a duendes, tendo a altura equivalente a apenas três maçãs. Há muitos e muitos anos eles viviam no coração da floresta, na encantada Vila Escondida onde só entra quem for convidado, morando em casinhas de cogumelo. Essas pequenas criaturas tinham aproximadamente 100 anos, sendo Grande Estrumpfe ou Grande Strunf o mais velho, e sábio, com algo em torno de 550 anos, e que governa a aldeia.

Não imaginam o que descobri quando andava a fazer pesquisas para escrever este texto, sabiam que este desenho foi cotado por muitos de comunista?
O que se disseminou é que o desenho, mais ainda do que os quadradinhos, é em si mesmo uma propaganda do comunismo.
Pois de acordo com a teoria do “comunismo azul” reinante na Vila, o Gargamel seria uma alegoria aos Estados Unidos. Isso porque o vilão ganancioso deseja o tempo todo transformar os Smurfs em ouro, numa clara alusão à coisificação das pessoas, inerente ao capitalismo.
Outras coincidências são encontradas por muitos, como por exemplo o discurso comunista. O Grande Smurf, por exemplo, seria uma alusão a Karl Marx, o Smurf Gênio poderia muito bem ser o Trotsky, já que sua sabedoria se assemelha à de Grande Smurf e, frequentemente, ele é ridicularizado e banido da Vila. Trotsky foi banido da União Soviética em 1929.
Todos os Smurfs são iguais, a despeito da actividade que desempenham ou de suas habilidades intelectuais. Ainda, não há propriedade privada na Vila dos Smurfs: a terra e os instrumentos são de todos.
Entretanto, o factor que mais fortalece a tese de que os Smurfs são uma propaganda do regime comunista é que, de fato, não há igrejas na Vila. Não há, por exemplo, um Padre Smurf. Assim como os marxistas, os Smurfs são ateus na natureza.
A comparação com o comunismo não acaba por ai. Há quem afirme que o Bebê Smurf representa Che Guevara. Isso porque ele teria sido fruto de um “deslize” do Grande Smurf com a Smurfette (para quem não sabe, ela foi criada pelo Gargamel para seduzir os Smurfs, mas acabou “passando para o outro lado” graças ao Grande Smurf).

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Dia dos Namorados e a História de S. Valentim

Neste dia celebrado por tantos, ou talvez não, não posso deixar de partilhar convosco um pouca da história que andei pesquisando sobre a origem desta data, e de deixar beijos e abraços a quem de direito, pois se virem no dicionário o significado de amor, para vosso espanto vão encontrar entre muitas definições, a seguinte “sentimento que predispõe a desejar o bem de alguém”.

Dia dos Namorados e a História de S. Valentim

Entre nós, o Dia dos Namorados celebra o amor, a paixão entre amantes e a partilha de sentimentos. Todos os anos, no dia 14 de Fevereiro, ocorre a azáfama da troca de chocolates, envio de postais e de oferta de flores. Muitos casais planeiam jantares românticos, noites especiais e fazem planos para surpreender e agradar à sua «cara-metade». Há também quem escolha este dia para se declarar à pessoa amada e também quem avance com pedidos de casamento, embebido pelo espírito do dia.

As comemorações de 14 de Fevereiro, dia de S. Valentim, como dia dos namorados, têm várias explicações possíveis – umas de tradição cristã, outras de tradição romana, pagã.
O Dia dos Namorados é celebrado naquele que até 1969, era o Dia de São Valentim. A Igreja Católica reconhece três santos com o nome Valentim, no entanto esta decidiu não celebrar os santos cujas origens não são claras. Isto porque até nós chegaram relatos de pelo menos dois Valentim, santos martirizados, directamente relacionados com o dia 14 de Fevereiro.
Mas o santo dos namorados parece ter vivido no século III da nossa era, em Roma, tendo morrido como mártir em 270. Em 496, o papa Gelásio reservou o dia 14 de Fevereiro ao culto de S. Valentim.
Assim o Dia dos Namorados começou a ser celebrado no século III, após a morte do sacerdote São Valentim, um clérigo que viveu no século III, numa cidade do Império Romano chamada Terni.
Na época, o imperador de Roma, Cláudio II, queria que os homens se alistassem como voluntários para a guerra, mas em função da família e dos filhos, o número de alistamento era muito baixo. Somente os solteiros se dispunham a morrer em combate. Observando isso, o imperador decretou uma lei que proibia os homens de se casarem, sob pena de morte para quem não cumprisse a ordem. Os jovens namorados ficaram revoltados com a determinação de Cláudio.
Defensor acérrimo do Amor, Valentim continuou a casar os jovens em segredo, pois acreditava que a felicidade não tinha preço. As cerimónias eram realizadas em salas com pouca iluminação, para não chamar atenção dos guardas romanos. Para além disso, formou um movimento revolucionário que lutava contra as tiranias do Imperador. Este, ao descobrir que o clérigo se opunha às suas ordens, persegue-o. Numa determinada noite, os soldados surpreenderam o sacerdote durante a celebração de um casamento. Os noivos conseguiram escapar, mas Valentim foi preso e condenado a morte, tendo sido decapitado no dia 14 de Fevereiro de 270.
Durante os dias em que esteve aprisionado, vários apaixonados passavam pela janela da cela do sacerdote e jogavam flores e mensagens dizendo acreditar no poder do amor. Uma das jovens era filha do carcereiro e conseguia visitar Valentim. No dia de sua execução, o condenado agradeceu as conversas com a amiga através de uma carta, fazendo com que muitos acreditassem que ele havia se apaixonado pela moça. Essa mensagem teria iniciado a prática dos namorados trocarem mensagens de amor. A execução do sacerdote aconteceu no dia 14 de Fevereiro do ano de 270, data em que passou a ser comemorado o Dia dos Namorados.
Alguns séculos mais tarde, Valentim foi santificado e a partir de então, o dia da sua morte passou a ser celebrado por todos os casais apaixonados e o santo ficou conhecido como o Padroeiro dos Namorados.
Quanto à tradição pagã, pode fundir-se com a história do mártir cristão: na Roma Antiga, celebrava-se a 15 de Fevereiro (que, no calendário romano, coincidia aproximadamente com o início da Primavera) um festival, os Lupercalia. Na véspera desse dia, eram colocados em recipientes pedaços de papel com o nome das raparigas romanas. Cada rapaz retirava um nome, e essa rapariga seria a sua «namorada» durante o festival (ou, eventualmente, durante o ano que se seguia).
Com a cristianização progressiva dos costumes romanos, a festa de Primavera, comemorada a 15 de Fevereiro, deu lugar às comemorações em honra do santo, a 14.
Há também quem defenda que o costume de enviar mensagens amorosas neste dia não tem qualquer ligação com o santo, datando da Idade Média, quando se cria que o dia 14 de Fevereiro assinalava o princípio da época de acasalamento das aves.
Com os tempos, o dia 14 de Fevereiro ficou marcado como a data de troca de mensagens amorosas entre namorados, sobretudo em Inglaterra e na França – e, mais tarde, nos Estados Unidos. Neste último país, onde a tradição está mais institucionalizada, os cartões de S. Valentim já eram comercializadas no início do século XIX. Actualmente, o dia de S. Valentim é comemorado em cada vez mais países do mundo como um pretexto para os casais de namorados trocarem presentes.

Outra lenda diz que um outro padre católico se recusou a converter à religião de Claudio II, e este mandou prendê-lo. Na prisão, Valentim apaixonou-se pela filha do carcereiro que o visitava regularmente, a quem terá deixado um bilhete assinando: «Do teu valentim» (em inglês, «from your Valentine»), antes da sua execução, também em meados do século III.
Nesta lenda, a conotação do dia e do amor que ele representa não se relaciona tanto com a paixão, mas mais com o «amor cristão» uma vez que ele foi executado e feito mártir pela sua recusa em rejeitar a sua religião.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

ASAE PRENDEU O CARDEAL PATRIARCA

Na sequência do texto Missa do Galo vs ASAE, da autoria de um familiar, que publiquei aqui anteriormente, não resisto a partilhar um e-mail que recebi sobre o mesmo tema.

ASAE PRENDEU O CARDEAL PATRIARCA

“É a notícia do dia, a ASAE decidiu inspeccionar uma missa na Sé de Lisboa para inspeccionar as condições de higiene dos recipientes onde é guardado o vinho e as hóstias usadas na celebração. Depois de sugerir ao cardeal que se assegurasse que as hóstias têm um autocolante a informar a composição e se contêm transgénicos e que o vinho deveria ser guardado em garrafas devidamente seladas, os inspectores da ASAE acabara por prender o cardeal já depois da missa, depois de terem reparado que D. José Policarpo não procedia à higienização do seu anel após cada beijo de um crente.

A ASAE decidiu encerrar a Sé até que a diocese de Lisboa apresente provas de que as hóstias e o vinho verificam as regras comunitárias de higiene e de embalagem, bem como de que da próxima vez que cardeal dê o anel beijar aos crentes procede à sua limpeza usando lenços de papel devidamente certificados, exigindo-se o recurso a lenços descartáveis semelhantes aos usados nos aviões ou nas marisqueiras desde que o sabor a limão seja conseguido com ingredientes naturais.

O J…. sabe que a ASAE ainda inspeccionou a sacristia para se assegurar que D. José, um fumador incorrigível, não andou por ali a fumar um cigarro, já que não constando nas listas dos espaços fechados da lei anti-tabaco as igrejas não beneficiam dos favores dos casinos pois tanto quanto se sabe o inspector-geral da ASAE nunca lá foi apanhado a fumar uma cigarrilha."


Como podem ver nem a Igreja escapa às garras da ASAE, e agora com a proximidade da Páscoa não sei não, como irão correr as coisas.

Beijos higienizados a todos.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Convenção dos feridos por amor


Disposições gerais:
A - Em se considerando que está absolutamente correcto o ditado “tudo vale no amor e na guerra”;
B – Em se considerando que na guerra temos a Convenção de Genebra, adoptada em 22 de Agosto de 1864, determinando como os feridos em campo de batalha devem ser tratados, ao passo que nenhuma convenção foi promulgada até hoje com relação aos feridos de amor, que são em muito maior número;
Fica decretado que:
Art. 1 – todos os amantes, de qualquer sexo, ficam alertados que o amor, além de ser uma bênção, é algo também extremamente perigoso, imprevisível, capaz de acarretar danos sérios. Consequentemente, quem se propõe a amar, deve saber que está expondo seu corpo e sua alma a vários tipos de ferimentos, e não poderá culpar seu parceiro em nenhum momento, já que o risco é o mesmo para ambos.
Art. 2 – Uma vez sendo atingido por uma flecha perdida do arco de Cupido, deve em seguida solicitar ao arqueiro que atire a mesma flecha na direcção contrária, de modo a não se submeter ao ferimento conhecido como “amor não correspondido”. Caso Cupido recuse tal gesto, a Convenção ora sendo promulgada exige do ferido que imediatamente retire a flecha do seu coração e a jogue no lixo. Para conseguir tal feito, deve evitar telefonemas, mensagens por Internet, remessa de flores que terminam sendo devolvidas, ou todo ou qualquer meio de sedução, já que os mesmos podem dar resultados a curto prazo, mas sempre terminam dando errado com o passar do tempo. A Convenção decreta que o ferido deve imediatamente procurar a companhia de outras pessoas, tentando controlar o pensamento obsessivo “vale a pena lutar por esta pessoa”.!
Art. 3 – Caso o ferimento venha de terceiros, ou seja, o ser amado interessou-se por alguém que não estava no roteiro previamente estabelecido, fica expressamente proibida a vingança. Neste caso, é permitido o uso de lágrimas até que os olhos sequem, alguns socos na parede ou no travesseiro, conversas com amigos onde pode-se insultar o antigo(a) companheiro(a), alegar sua completa falta de gosto, mas sem difamar sua honra. A Convenção determina que seja também aplicada a regra do Art. 2: procurar a companhia de outras pessoas, preferivelmente em lugares diferentes dos frequentados pela outra parte.
Art. 4 – Em ferimentos leves, aqui classificados como pequenas traições, paixões fulminantes que não duram muito, desinteresse sexual passageiro, deve-se aplicar com generosidade e rapidez o medicamento chamado Perdão. Uma vez este medicamento aplicado, não se deve voltar atrás uma só vez, e o tema precisa estar completamente esquecido, jamais sendo utilizado como argumento em uma briga ou em um momento de ódio.
Art. 5 – Em todos os ferimentos definitivos, também chamados “rupturas”, o único medicamento capaz de fazer efeito chama-se Tempo. Não adianta procurar consolo em cartomantes (que sempre dizem que o amor perdido irá voltar), livros românticos (cujo final é sempre feliz), novelas de TV ou coisas do género. Deve-se sofrer com intensidade, evitando-se por completo drogas, calmantes, orações para santos. Álcool só é tolerado em um máximo de dois copos de vinho por dia.
Determinação final: os feridos por amor, ao contrário dos feridos em conflitos armados, não são vítimas nem algozes. Escolheram algo que faz parte da vida, e assim devem encarar a agonia e o êxtase de sua escolha.
E os que jamais foram feridos por amor, não poderão nunca dizer: “vivi”.Porque não viveram.




Guerreiro da Luz Online, Edição nº 161, 5 de Dezembro de 2007